sexta-feira, 9 de julho de 2010

Não quero mais cartão de crédito!

Estava montando outro post, mas a vida é assim, bem dinâmica e imprevisível. Guardei para postá-lo mais tarde.

Mas o que aconteceu para essa mudança repentina? Bom, a prática de telemarketing é famosa por ser incômoda, para não dizer chata. Ainda bem que outros métodos, muitos deles pela internet, como o e-mail marketing e o Twitter, colaboraram para diminuir essa "chatice". Mas a questão, nem é ligarem para oferecerem produtos, porque afinal, a culpa não é da pessoa que te liga, que está apenas fazendo o seu trabalho, e seguindo a lógica da eficácia, se não comprassem por esse canal ele já teria sido extinto, correto?

Estamos sendo abordados por uma estratégia abusiva, que quebra e ultrapassa o nosso direito de consumidor: o de escolher. Nem ligam mais tentando vender algo, te ligam informando que você já é um cliente.

O Banco Santander (lembrando que diversos bancos também fazem isso) me ligou avisando que me observou durante um período e percebeu que eu tinha um poder aquisitivo (de certo rastrearam que tenho um investimento na bolsa de valores - não chega a mil reais aplicados) e meu cartão do banco chegaria em quinze dias. Pode até ser que, para a minha idade, seja uma quantia interessante e eu tenha um potencial financeiro. Mas eu não quero receber um novo cartão de crédito!

Deixei o melhor por último: Acompanhe o X da questão. Sinta o momento "constrangedor" (para a moça, eu achei divertido): Ela pergunta minha profissão. Sou estudante. E minha renda mensal. Eu não tenho renda mensal! Fantástico, não? Eu, com 19 anos, não me sustento, sou dependente dos meus pais (pasmem)! Nisso, baixa o tom de voz da funcionária e informa que entrará em contato comigo em breve (daqui uns 5 anos talvez?). Desligo rapidamente e fim de conversa.

Não querendo entrar em questão sobre o mapeamento do cliente, através de sistemas de CRM, observando seu hábito de consumo, controle dos gastos e outros aspectos, porém é óbvio que não era para terem ligado para mim. Poderia reclamar disso também, mas me limito apenas ao fato da abordagem invasiva. Erros de quem não se apropriou dos benefícios da tecnologia e continua fazendo uma comunicação da época dos Flinstones (o que não é difícil se pensar que, com o avanço da tecnologia, em menos de dois anos um produto ou serviço já pode ser considerado ultrapassado).

Será que é tão complicado se adaptar ao novo público?

E como é difícil conquistar a confiança de alguém. Agora, para perder... Basta uma ligação.

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